27
ANUÁRIO
SINDLOC
SP
26
ANUÁRIO
SINDLOC
SP
ESTRADA DE
OPORTUNIDADES
M
aio de 2018 pode ter representado um divisor de
águas para um mercado ainda pouco explorado
pelo setor de locação. No mesmo mês, foi ins-
tituída a Medida Provisória que estabeleceu a Política de
Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas e foi
deflagrada a greve dos caminhoneiros. Os dois aconteci-
mentos contribuíram para uma mudança no olhar sobre a
locação e a gestão de frotas de caminhões.
As empresas começam a se sentir atraídas por van-
tagens como a possibilidade de jogar o custo de logística
como despesa, e a despreocupação com a manutenção
e a renovação da frota. Transportes de cargas especiais
dos mais de
700
mil
veículos QUE COMPÕEM
A FROTA DO
SETOR, SOMENTE
13
mil
são caminhões
Fontes: Abla e Fenabrave
caminhões
ou com remessa para destinos pouco usuais podem tam-
bém estimular a aposta nessa modalidade.
A locação de caminhões, principalmente os de porte
médio (VUCs), pode se constituir em excelente negócio
para as locadoras de automóveis como forma de buscar
novos nichos e diversificar seus negócios.
O volume de emplacamentos de caminhões passou de
52 mil para 76 mil em um ano, um crescimento de 46,8%.
Embora somente 2,0% da produção nacional esteja nas
mãos das locadoras, os números sugerem um amplo
horizonte de oportunidades, que devem aumentar ainda
mais a partir do advento dos modelos elétricos.
n
76
mil
caminhões
VOLUME DE EMPLACAMENTO
EM UM ANO
crescimento de
46,8%
apenas
2
,
0
%
da produção nacional
de caminhões está nas
mãos das locadoras
novos nichos
para reinventar
os negócios
movimentos
contraditórios
D
e um lado, expectativas pro-
missoras. De outro, dúvidas so-
bre a real viabilidade do negó-
cio. O mercado de compartilhamento
surgiu como um caminho irreversível
para dinamizar a cadeia automotiva,
mas ainda esbarra em dificuldades
para decolar no Brasil.
O
carsharing
contabiliza cerca de
7 milhões de usuários no mundo e
esse número deve ser triplicado em
até cinco anos, com perspectiva de
movimentar US$ 11 bilhões. No en-
tanto, a base de clientes em território
nacional não passa de 87 mil, apenas
1,2% do total. Especialistas conside-
ram que a insegurança e elevados
custos, como os de estacionamento,
comprometem o avanço das opera-
ções. Embora algumas empresas do
segmento estejam em processo de
aceleração, duas
startups
fecharam
nos últimos dois anos.
As grandes montadoras também
investem no compartilhamento com
pequenas frotas em projetos-piloto
ou em larga escala, por meio de par-
ceria com
startups
. Apesar de a ex-
pansão de serviços como o Maven
ainda não ter se concretizado, a
indústria segue atenta ao tema. Com
a tendência do público mais jovem de
priorizar o uso frente à propriedade
do veículo, as fabricantes tendem a
mudar o foco de atuação emum futu-
ro próximo, o que pode influir na rea-
valiação de custos de produção e de
manutenção de plantas emmercados
como o brasileiro.
O sinal segue amarelo. Mas o
compartilhamento de bicicletas, pa-
tinetes e
scooters
, inclusive elétricas,
começa a ocupar espaço como alter-
nativa aos carros e pode trazer um
novo alento a esse mercado.
n
Fontes: Berkley, Bloomberg, Frost & Sullivan e Itaú BBA
USUÁRIOS DE CARSHARING NO MUNDO
7
|
Milhões
USUÁRIOS DE CARSHARING NO brasil
87
|
Mil
(1,2% DO TOTAL)
COMPARTILHAMENTO
MULTIMODAL:
BICICLETAS, PATINETES E
SCOOTERS ELETRICAS, COM
MUITA TECNOLOGIA
compartilhamento




