PINGUE-PONGUE
com eficiência essa verdadeira corrida
do ouro moderna.
ESTAMOS FALANDO DE CARROS
DO FUTURO E DE UM CENÁRIO
DISTANTE NO BRASIL?
De modo algum. O futuro já chegou.
Muitos dos carros fabricados atual-
mente contam com mais de 100 sen-
sores embarcados, capazes de moni-
torar permanentemente itens como
velocidade, temperatura do motor e
funcionamento dos freios, coletando
para isso uma série de outras infor-
mações. Esses dispositivos fazem
com que os automóveis produzam 25
GB de dados por hora. Em se tratando
de carros autônomos, a previsão é de
que este volume salte para 3.600 GB
por hora. E os dados não são gerados
apenas com o veículo em movimento.
Eles são produzidos em toda a cadeia
de valor – na produção, nas vendas e
uso, até nas revisões e manutenção.
Dessa maneira, as empresas que in-
vestirem no gerenciamento de frotas e
integrarem essas informações com in-
teligência, por exemplo, estarão entre
os vencedores da revolução digital. Até
mesmo o modelo de seguro automoti-
vo sofrerá mudanças substanciais.
QUE MUDANÇAS SERIAM ESSAS?
Poucas seguradoras utilizam tec-
nologia telemática para monitorar
ONOVOPAPEL
DOSETORCOMDATA
CENTERSSOBRERODAS
QUEM:
François Fleutiaux
DETALHE:
O executivo é
graduado eO executivo é
graduado pela Escola Nacional
de Engenheiros de Saint-Etienne
(França) e atua na área de
tecnologia há quase 30 anos.
Seu currículo inclui cargos
diretivos em multinacionais
como a IBM, a Unisys e a
japonesa Fujitsu. Atualmente é
diretor global da divisão de TI
da T-Systems, companhia alemã
presente no Brasil desde 2001
e uma das líderes mundiais
na oferta de soluções de
transformação digital.
E
m curto prazo, os dados gera-
dos pelos carros serão fontes de
lucro mais preciosas do que os
próprios veículos. Se, até poucos anos
atrás, essa frase soava como futurismo,
agora se tornou uma projeção concreta
capaz de mudar o modelo de atuação
da indústria automotiva e de setores
como o de locação. Para o diretor glo-
bal da divisão de TI da T-Systems, esse
cenário abre novas possibilidades de
vendas com serviços inovadores. Mas
há muitas lições de casa a serem cum-
pridas para que as empresas disputem
REVISTA
SINDLOC
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