SOMOSTODOSREFÉNS
DENTRODOPRÓPRIOPAÍS
EDITORIAL
N
ovamente o Brasil convive com uma crise sem precedentes. O país, literalmente, parou
diante de uma paralisação legítima, mas que confrontou direito com irresponsabilidade
e passou a ter o caos como estratégia. No entanto, esse fato confirmou o quanto so-
mos escravos de um Estado injusto, ineficiente, avarento e de mentalidade tacanha.
Somos reféns de governos que, historicamente, aumentam a carga tributária sempre
quando necessitam repor perdas na arrecadação, entregando em contrapartida serviços
de qualidade ínfima, desestímulo ao emprego e à produtividade. Agora, intimidada pelo
movimento grevista, a União rende-se às reivindicações e ensaia uma compensação fa-
zendo dos empresários e empreendedores brasileiros verdadeiros fiadores.
Os governos anteriores mantinham artificialmente baixos os preços do combustível para
conter os efeitos da inflação e conquistar preciosos votos nas eleições, ou artificialmente
altos para ocultar rombos provocados por má gestão e práticas corruptas. Agora, seu her-
deiro no Planalto libera os preços sob a alegação de acompanhar as regras de mercado,
sem levar em conta as consequências desastrosas que vivenciamos agora e desprezando
seus acionistas majoritários: nós.
Em ambos os cenários, o Estado levanta sua mão poderosa, como se todos os pagadores
de impostos, geradores de empregos e negócios não fizessem parte desse Estado. Com a
receita escorchante dos impostos, o governo assume o papel de sócio dos empresários e
da população, mas aceita apenas os lucros enquanto os riscos são nossa responsabilidade.
Bem que podíamos nos espelhar nos exemplos que estão à nossa volta.
A reforma tributária costurada pelo governo norte-americano e sancionada em dezembro
contempla o corte de impostos quase pela metade. Com a redução da alíquota do imposto de
renda corporativo e a adoção de uma taxa única sobre lucros repatriados, empresas já anuncia-
ram, no mês seguinte, aumento de investimentos, de salários e a abertura de vagas. Por mais
riscos de déficit fiscal que possa apresentar em longo prazo, a medida rompe a lógica tradicional
e aposta no rápido estímulo à cadeia produtiva. Não à toa, as projeções apontam para um cres-
cimento de até 2,6% na economia local em 2018, o maior índice entre as nações desenvolvidas.
Ah, mas a conta dos Estados Unidos não vai fechar lá na frente, diriam os “estadistas” e
“representantes” do povo brasileiro. Por acaso a conta do Brasil está fechando? Enquanto não
invertermos a roda e bloquearmos o pensamento pequeno, aceitaremos passivos a alta nos
impostos ou depositaremos confiança em qualquer grupo ou candidato com solução milagro-
sa. O Brasil exige planejamento, responsabilidade e compromisso com o bem público. Bastaria
seguir a máxima do filósofo e economista britânico John Stuart Mill para entender o país que
queremos: “No final das contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem”.
Abraços!
Eladio Paniagua
Presidente do Sindloc-SP
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