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REVISTA

SINDLOC

SP

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REVISTA

SINDLOC

SP

SINALABERTO

PARAA CONFIANÇA

Acenos do poder

público para mudanças

e aquecimento da

demanda retomam

clima de otimismo no

setor de locação

A

maturidade para conviver

com crises foi, seguramente,

um dos maiores atributos de-

monstrados pela indústria de alu-

guel de veículos no decorrer dos úl-

timos anos. Mas, para 2019, o setor

espera abandonar de vez esse ró-

tulo e fazer da incerteza uma mera

lembrança. A sinalização de mudan-

ças por parte dos governos eleitos

e o surgimento de uma demanda

que estava reprimida retomaram

o clima de confiança, com direito a

promessa de novos investimentos.

Mesmo sob diferentes realidades,

empresários e executivos ouvidos

pela

Revista Sindloc-SP

foram unâ-

nimes na sensação de otimismo.

Bigstock

A empresa passou a ter uma

atuação mais enxuta após vender

parte das operações para a então

Locamerica, no fim de 2016. Porém,

ganhou solidez ao concentrar seus

negócios em dois nichos – a gestão de frotas, impulsionada especial-

mente por clientes do setor cervejeiro e farmacêutico, e o rent a car,

fortalecido pela loja no Aeroporto Internacional de Viracopos, onde é

a única locadora regional. O volume de 80 veículos saltou para 1.000

em apenas dois anos e a receita cresceu 55% em 2018. “Para 2019,

nós esperamos crescer até 50% e ampliar a frota em 10%”, projeta

Schincariol. O executivo acredita no incentivo à mobilidade para re-

ter clientes, por meio da parceria com o aplicativo Turbi, e já está de

olho na extensão desse serviço para o segmento de bicicletas. Outra

aposta é a automatização dos processos de reservas, recurso lança-

do no segundo semestre que dispensa a necessidade de check-list.

Claudio Schincariol

diretor da Maggi Rent a Car

Com praticamente 100% da

operação destinada a órgãos vin-

culados ao governo de São Paulo,

Muzetti acredita em uma estag-

nação dos negócios nos primeiros

60 dias de 2019, por causa dos

compromissos iniciais da gestão com a redução dos gastos. “Mas

nada que lembre o cenário de total imprevisibilidade dos últimos

dois anos. Após esse período, os contratos de licitação tendem a

ser reabertos, tanto que ampliaremos a frota para cerca de 130 a

140 automóveis”, comenta. No entanto, o empresário ambiciona

estender a atuação para prefeituras do estado, com foco na ter-

ceirização de veículos com motorista.

Jerônimo Luiz Muzetti

diretor da Panorama

Veículos

As dificuldades de 2017 e as

incertezas de 2018 deram lugar à

plena confiança depois da defini-

ção eleitoral. “Entre novembro e

dezembro, registramos um con-

siderável aumento na procura de

empresas e multinacionais por cotações para terceirizar frota”, revela

Souza, cuja atuação está focada na região metropolitana e no Vale do

Paraíba. Companhias de TI e engenharia, diante da perspectiva da re-

tomada de licitações para obras de infraestrutura pública, estão entre

os potenciais clientes. O segmento de autopeças também promete

aquecer os negócios. “Temos ummodelo diferenciado e atraente para

as empresas, pelo qual o carro passa a ser do cliente após o fim do

contrato, uma espécie de leasing operacional”, destaca. A demanda

em alta viabiliza o plano de chegar a 140 veículos até o fim de 2019.

“Integramos uma indústria que totaliza 40% do faturamento das

montadoras em São Paulo e arrecada R$ 8,7 bilhões em impostos.

Estamos mostrando nossas fortalezas”, acredita.

José Mario de Souza

diretor da JM & Marina

Locado

ra

O faturamento do terceiro tri-

mestre, 9% superior ao do mesmo

período de 2017 e 18% acima do

resultado do trimestre anterior,

consolidou a expectativa promis-

sora da Maestro para 2019, quan-

do prevê incrementar a receita em

35%. “Temos na diversificação um

de nossos vetores, exemplificada

principalmente pela locação de ca-

minhões, que já representa 10% do

faturamento. É uma categoria com

mais espaço para crescer e que

favorece contratos de longo prazo

– de quatro a cinco anos, em razão

da maior durabilidade desses mo-

dais”, pontua Lewkowicz. Com a

aquisição da Locacity, concretizada

no fim do ano passado, a projeção

é reforçar as operações de aluguel

para pessoas físicas. “Queremos

unir nosso

know-how

na terceiriza-

ção e o

expertise

da Locacity para

difundir essa modalidade entre o

público corporativo”, complementa.

Novos horizontes também podem

ser abertos com o investimento

em carros elétricos para a alta ge-

rência das empresas.

Fabio Lewkowicz

CEO da Maestro Frotas