Colocar no papel os gastos reais com a folha
garante mais subsídios para o empresário reduzir
essas despesas
COMOMENSURARO
CUSTODOSFUNCIONÁRIOS?
O
custo dos funcionários para as
empresas vai muito além do
pagamento do salário, já que
envolve uma série de encargos moti-
vados por impostos e benefícios. Mas
você já parou para calcular, de fato, esse
valor? Armindo Mota Junior, CEO da
Wappa, plataforma especializada em
gestão de táxis corporativos, elencou
algumas dicas para que o empresário
reconheça essas despesas e tenha sub-
sídios concretos para reduzi-las.
IMPOSTOS
:
De acordo com o regi-
me tributário, há algumas despesas
que aumentam o valor a ser gasto. O
Simples Nacional inclui 8% do salário
mensal, 20% do INSS, férias, 1/3 das
férias, 13° salário, provisão mensal
(FGTS anual x 13º + férias + 1/3 de fé-
rias dividido por 12). Ao mesmo tem-
po, é possível descontar de 9 a 11% do
INSS do salário do funcionário. O Lucro
Presumido e o Lucro Real contemplam
todos os custos anteriores. Além de-
les, há um pagamento de 5% sobre o
valor mensal, para financiar progra-
mas como Senai e Senac.
BENEFÍCIOS:
O vale-transporte é
obrigatório e é equivalente a todas as
despesas para o deslocamento até o
ambiente de trabalho. Por lei, é pos-
sível descontar 6% do valor pago do
salário. Já o vale-refeição não é com-
pulsório. Porém, oferece dedução do
Imposto de Renda para optantes do
Lucro Real. O mesmo acontece com
o plano de saúde e benefícios como o
investimento em educação e cultura.
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS:
Por lei,
há o pagamento extra de outros valo-
res, de acordo com a função desem-
penhada. O adicional de insalubridade
é concedido a atividades com risco
para a segurança, enquanto o notur-
no é pago pelo trabalho de 22 às 5h.
Já a hora extra é paga quando a jorna-
da normal contratada é excedida. Em
alguns casos, obrigações como 13°
e férias são calculadas sobre o valor
final e não apenas quanto ao recebi-
mento mensal.
Depois de entender os gastos as-
sociados a cada colaborador, é o mo-
mento de pensar em maneiras de re-
duzir esses impactos nas finanças.
MONITORE A PRODUTIVIDADE:
avalie
como é a execução de tarefas, o tem-
po utilizado e a qualidade oferecida,
para identificar se há uma grande ne-
cessidade de retrabalhos.
REDUZA AS HORAS EXTRAS:
elas
também aumentam a propensão à
baixa produtividade. Quando sabem
que podem terminar as funções depois
do horário, muitos colaboradores dei-
xam de atuar corretamente na jornada
“normal”. Para que isso não ocorra, o
melhor é criar uma política de redução
das horas extras. Algumas empresas,
inclusive, desabilitam sistemas e equi-
pamentos após determinado tempo.
DIMINUA O ABSENTEÍSMO
Faltas resultam em queda de pro-
dutividade e na perda de integração da
equipe. Procure reduzir esses índices
ao cuidar da saúde e da segurança dos
trabalhadores. Crie um ambiente com
desafios e ótimo clima organizacional.
AUTOMATIZE TAREFAS
Além de agilizar as atividades, o em-
prego da tecnologia é fundamental
para ter visibilidade sobre os gastos,
elaborar relatórios e tomar decisões.
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