Previous Page  20-21 / 28 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 20-21 / 28 Next Page
Page Background

20

REVISTA

SINDLOC

SP

21

REVISTA

SINDLOC

SP

U

ma análise com empresas brasileiras de capital aberto

indica que 75% dessas companhias ficaram no ponto de

equilíbrio, enquanto 15% destruíram valor e apenas 10%

têm realmente gerado lucro econômico. A pesquisa foi realiza-

da pela consultoria McKinsey, que estudou o desempenho de

cerca de 2,5 mil corporações em nível global nas últimas duas

décadas. Em dez anos, o break even foi alcançado somente por

11% das empresas avaliadas.

Para o consultor Lisandro Zanotto, esse panorama reforça

a necessidade premente de uma mudança comportamental na

gestão, pensamento que se estende às PMEs. “Muitas orga-

nizações falham nos processos iniciais, como a elaboração do

planejamento. A grande maioria delas acredita que tem uma

estratégia bemelaborada, quando na verdade tem, nomáximo,

um desejo ou aspiração”, destaca.

E como sair do sonho e passar para a ação? O relaciona-

mento com os colaboradores é decisivo no processo de busca

pelo sucesso. Mas quase sempre esse sonho se limita à men-

talidade do dono ou do gestor, não sendo compartilhado, tam-

pouco construído, com os demais funcionários. “Os pontos de

partida para estar no rol do grupo dos 10% são desenhar uma

estratégia realista e diferenciada, e comunicá-la à equipe com

transparência e periodicidade”, entende.

Quando a companhia tem clareza de onde quer jogar, como

ela vai vencer e quais são as competências necessárias, ficamais

fácil desenvolver um plano de ação e ter um time comprometi-

do. “Ainda é necessário estar próximo do cliente e ouvir as suas

dores, além de resolver realmente seus problemas”, pontua.

No mercado de locação de veículos, a tecnologia está en-

trando com força e trouxe um impacto significativo para a

COMOEXTRAPOLAR

OPONTODE

EQUILÍBRIOe

gerarlUCRO

ECONÔMICO

experiência de consumo que essas corporações podem pro-

porcionar. Nesse contexto, o atendimento, em conjunto com

as áreas financeira e comercial, desempenha um papel funda-

mental para fidelizar o cliente e gerar lucro econômico. “Esse

processo começa pela mudança de condutas da atual gestão

para chegar a um modelo mais pragmático, no qual o plano de

ação precisa ser transmitido claramente a todos os níveis de

comando, principalmente na média gerência. Caso contrário, a

estratégia se perde no alto escalão”, opina.

Após a criação de um plano estratégico, como fazê-lo dar

certo? “É preciso estar aberto ao novo, saber terceirizar fun-

ções quando necessário e, principalmente, abrir mão de uma

gestão muito centralizadora. Também é fundamental montar

uma equipe heterogênea, que tenha pessoas com perfil de pla-

nejamento e outras ágeis na execução. A partir daí, outro passo

é investir em treinamentos e capacitações”, conclui.

n

Especialista cita algumas estratégias

essenciais para que empresas lidem

com essa mudança de

comportamento na gestão

Divulgação

Política de capacitação de colaboradores

- É funda-

mental e contribui de forma exponencial para a busca do

lucro econômico.

Política de atração de talentos

- Necessária para que os

melhores profissionais olhem e desejem a sua marca.

Política de benefícios -

Deve ser estruturada não de forma

padrão, ou seja, os mesmo benefícios para todos. O dono

ou o gestor precisa conhecer muito bem seus colaborado-

res. O que o motiva? Que tipo de benefícios o atrai? Em que

momento da vida esse colaborador se encontra e como ele

gostaria de ser recompensado por seus resultados?

Políticas de redução de custos -

Também são importantes

e precisam estar bem claras a todos. Recompensar os cola-

boradores por metas de redução de custos vai motivá-los a

ficarem atentos quanto aos custos das áreas e ao impacto

geral para a empresa.

Confira algumas políticas internas

eficazes e necessárias, relacionadas aos

colaboradores, que contribuempara que

a empresa alcance lucro econômico:

Lisandro Zanotto

consultor empresarial