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REVISTA
SINDLOC
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SINDLOC
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P
equenos e médios empreen-
dedores que recorrem a cré-
ditos de longo prazo costu-
mam encontrar uma barreira logo
na largada: a indisponibilidade de
garantias reais para apresentar às
instituições financeiras. Diante des-
se cenário, os chamados fundos ga-
rantidores vêm despontando como
alternativas menos dispendiosas,
ao funcionar como uma espécie de
fiadores do empréstimo.
Por definição do Banco Central,
esses fundos são constituídos como
associações privadas sem fins lucra-
tivos. Uma de suas finalidades é pro-
teger o capital e a rentabilidade dos
investidores de outras instituições
financeiras, contra surpresas deri-
vadas de instabilidades como falên-
cia de bancos ou não pagamento de
aplicações. Além disso, representam
uma alternativa para pequenos e
médios empresários que não pos-
suem garantias reais para operações
de crédito, mas cujos projetos refle-
tem em benefícios para a economia
UMA NOVA
GARANTIA A FAVOR
DENOVOSNEGÓCIOS
do país ou da localidade onde atuam.
Essa modalidade pode ser ofe-
recida por qualquer instituição. Em
São Paulo, por exemplo, já foram
garantidos cerca de R$ 210 milhões
em operações de financiamento por
meio da Desenvolve SP - Agência de
Desenvolvimento Paulista. Vincula-
da ao governo estadual, a instituição
permite solicitar o financiamento
sem burocracias, pelo portal
www.
desenvolvesp.com.br .Um consultor de
negócios avalia o perfil e indica qual a
melhor opção de fundo para a opera-
ção. “Muitas empresas qualificadas,
com excelentes avaliações e projetos,
teriam o crédito recusado no passa-
do, pela dificuldade de apresentar ga-
rantias”, pontua o superintendente de
negócios Rafael Bergamarschi.
O custo necessário para a con-
tratação do fundo garantidor é de
apenas 0,1% do crédito solicitado
multiplicado pelo número de parcelas
estipuladas. Se o empresário obteve
a aprovação de um financiamento no
valor de R$ 100 mil para pagamento
Fundos garantidores surgem como alternativas
para agilizar o acesso de PMEs a financiamentos
Bigstock
em até 36 meses, a despesa seria de
R$ 3,6 mil, descontada do valor de-
sembolsado ao cliente.
“A proposta dos fundos garanti-
dores é dar suporte a projetos que
reflitam em benefícios para a eco-
nomia estadual, com geração de ne-
gócios, emprego e renda. Trata-se
de uma oportunidade sob medida
para um setor como o de locação
de veículos, que movimenta mais de
R$ 20 bilhões na cadeia produtiva
paulista e cuja ociosidade da frota
é baixa”, acredita Bergamarschi.
n
de utilização de abordagem ágil pelo go-
verno e área de tecnologia dos ministérios.
Na prática, o agile funciona como uma
consultoria de gerenciamento de trabalho
e de equipe, baseada na abordagem inte-
rativa entre os colaboradores, com foco
na realização estratégica e ágil de etapas,
como planejamento, execução, entrega,
análise e melhoria do processo. O modelo
faz com que esse ciclo seja executado em
até duas semanas, em média. De acordo
com Bassi, grande parte das empresas
brasileiras que ainda adotam metodolo-
gias tradicionais levam meses para con-
cluir todas essas etapas.
Bassi ressalta aindaqueométodopro-
move uma mudança na cultura da compa-
nhia,eessatransformaçãoéextremamen-
te positiva, a começar pelo papel do gestor
– que pode se dedicar a outras atividades
ao contar com uma equipe mais autônoma
e funcionários mais colaborativos, criati-
vos e comprometidos. “Para as pequenas
e médias empresas do setor de locação
de veículos, a importância do método
está em envolver toda a equipe gerencial
e operacional no processo como um todo,
promovendo o diálogo e o engajamento,
detectando problemas, possíveis soluções
e, até mesmo, a necessidade de imple-
mentação de novos serviços”, pontua.
n
MÉTODOAGILE
PROMETEDINAMIZAR
OPERAÇÃONAS EMPRESAS
Modelo contribui para agilizar rotinas que exigem
uso intensivo da tecnologia e chama a atenção de
pequenas e médias corporações
C
omo competir emum cenário emque
tudo está sendo inovado? Gerir uma
equipe e resolver demandas diárias
dos clientes de forma rápida e eficaz tem
sido cada vez mais difícil, principalmente
para companhias com ummodelo de ges-
tão mais arcaico e resistente a mudanças.
O método agile surgiu como alternativa a
esses processos antigos e lentos, que já
estão há anos instalados nos departa-
mentos de diversas empresas.
O método foi criado nos Estados
Unidos em 2001, quando um grupo de
programadores publicou uma espécie de
manifesto contra a burocracia gerada pela
complexa implantação de softwares para
gerenciamento dos negócios. O documen-
to propunha que, em vez de seguir um lon-
go processo até a formatação de um pro-
grama pronto, o software já poderia ser
lançado com uma versão básica e receber
upgrades de acordo com as necessidades
do cliente e as demandas do mercado. Afi-
nal, é mais conveniente para os negócios
ter um produto para entregar, com possi-
bilidade de melhorias futuras, do que não
ter e ser ultrapassado pela concorrência.
“Inicialmente, o uso da metodologia
começou a fazer sentido para o setor de
tecnologia que está sempre em constan-
te mudança e buscando formatos mais
modernos. Consequentemente, o méto-
do passou a chamar a atenção de outras
áreas, como RH, financeiro e marketing”,
observa Dairton Luiz Bassi Filho, CEO da
AgileTrends
. Hoje, bancos e consultorias
também já aderiram ao modelo como
Itaú, Santander, Accenture e BCG. Star-
tups como a Nubank já estrearam no
mercado alinhadas ao método agile, en-
quanto no setor público existem 70 casos
Bigstock
Dairton Bassi
CEO da AgileTrends
Divulgação
RAFAEL BERGAMArsCHI
Superintendente de negócios
da Desenvolve SP – Agência de
Desenvolvimento Paulista
Divulgação




